Na acareação da CPI dos Bingos, o senador Flávio Arns (PT-PR) quis saber de João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado de Santo André, por que não contou à polícia que cinco dias antes do crime fora procurado por um membro da família Gabrini, dizendo que esta família estava cansada de ter que repassar cerca de R$ 45 mil para a prefeitura. Segundo o senador, João Francisco não fez isto nem antes nem depois do assassinato, apesar de dizer temer pela vida do irmão.
- O senhor apontou um caso gravíssimo que aconteceu cinco dias antes da morte de Celso Daniel, mas não procurou a polícia. Não é uma incoerência? - quis saber Arns.
- Não, nós tínhamos informações de que não era para confiar na polícia. Eu não confiava no DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) e continuo não confiando - voltou a afirmar o irmão de Celso Daniel, acrescentando que, na ocasião, chegou a falar com sua esposa que tinha que conversar com Celso Daniel sobre o assunto. - E o dinheiro não era para a prefeitura, era para um grupo: Klinger (de Oliveira Souza), e pelos empresários Sérgio (Gomes da Silva, o Sombra) e Ronan (Maria Pinto)
Em nota, Ronan Maria Pinto rechaçou a acusação de membro de uma quadrilha de corruptos, assim como a alusão de seu nome envolvido em "tramas assassinas": "Os irmãos de Celso Daniel, em especial João Francisco, que até confessou ter sido lobista de uma empresa concorrente, demonstram estar gostando da celebridade que já nem mais é instantânea e estão agora exagerando sua participação "forçada" na história política do país. Isso parece estar lhes subindo à cabeça, beirando a insanidade", diz a nota.
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