Sete unidades de conservação da Floresta Amazônica foram criadas nesta segunda-feira no Pará. Juntas, elas formam uma das maiores áreas de proteção ambiental do planeta. São cerca de 15 milhões de hectares, o equivalente à soma dos territórios da Suíça, Portugal e Dinamarca. As áreas de proteção estão localizadas nos municípios de São Félix do Xingu, Altamira e numa grande área que vai do norte ao oeste do Pará, nas divisas com os estados do Amapá e do Amazonas.
Com a criação das unidades de conservação, o governo do Pará espera reduzir os conflitos por terra e o desmatamento ilegal na Amazônia. E avisa que a indústria madeireira poderá retirar árvores de parte da floresta através de contratos de concessão que vão gerar compensação financeira para os municípios.
- Vão ter royalties advindos dessas concessões, portanto um benefício social imediato. Aos madeireiros eles deixam de ter necessidade de adquirir terra de grande extensão, acabando com esse outro problema que é o latifúndio na Amazônia - disse Raul Porto, secretário do Meio Ambiente/PA.
Pesquisadores e Organizações Não-Governamentais aprovam as novas unidades de conservação, mas alertam que é preciso haver fiscalização nas áreas - só assim será possível manter preservadas a fauna e a flora da Amazônia.
- Vai garantir a conservação de mil espécies de vertebrados que só ocorrem nessas áreas e parte da Amazônia - afirmou o pesquisador José Maria da Silva.
O Ministério Público Federal conseguiu barrar na Justiça a criação de outras duas unidades de conservação que estavam previstas neste pacote. Segundo procuradores da República, moradores do Oeste do Pará defendem um modelo de preservação bem diferente do proposto pelo governo do estado principalmente porque daria às famílias o título de posse da terra onde vivem.
Uma das áreas em que a Justiça Federal concedeu liminar favorável ao Ministério Público abrange parte do município de Prainha, onde os moradores vêm denunciando a exploração clandestina de madeira. Na semana passada, um Procurador da República afirmou que o transporte ilegal de toras na região seria escoltado por Policiais Militares que também estariam perseguindo e ameaçando os moradores a mando dos madeireiros. A Polícia Militar afastou os 14 PMs envolvidos na denúncia e abriu uma sindicância para apurar o caso.
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