O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), comunicou nesta segunda-feira (29) sua renúncia à Câmara de Vereadores e transmitiu seu cargo informalmente ao vice-prefeito José Fortunati (PDT), um ano e três meses depois do início de seu segundo mandato.
A posse formal do sucessor está marcada para às 14 horas desta terça-feira, em sessão especial do Legislativo.
Na carta aos vereadores, Fogaça não expôs suas motivações pessoais, limitando-se a citar a legislação que disciplina o ato da renúncia. Na próxima semana, como pré-candidato, inicia viagens pelo interior do Rio Grande do Sul. Também são pré-candidatos Tarso Genro (PT), Yeda Crusius (PSDB), Pedro Ruas (PSOL), Beto Albuquerque (PSB) e Luiz Augusto Lara (PTB).
A substituição na Prefeitura de Porto Alegre é parte do acordo fechado pelos dois partidos para a eleição deste ano. Para apoiar o PMDB na disputa pelo Palácio Piratini, o PDT ficou com a prefeitura, indicou o deputado federal Pompeo de Mattos como vice na chapa de Fogaça, terá direito ao mesmo número de cargos que o aliado na eventual composição do governo e preferência para lançar Fortunati à reeleição em 2012.
Críticas
A renúncia de Fogaça foi criticada por vereadores de oposição e defendida pelos aliados na Câmara de Vereadores. "Ele está abandonando a cidade em condições piores daquelas que encontrou há cinco anos", acusou Carlos Comassetto (PT). "Como pode um prefeito abandonar o cargo sem saber onde estão os R$ 9,5 milhões desviados da saúde?", questionou Fernanda Melchiona (PSOL), referindo-se à Operação Pathos, da Polícia Federal, que desde janeiro investiga desvios do Programa de Saúde da Família por terceirizados contratados sem licitação.
Em defesa do prefeito, João Dib (PP) destacou que a abertura da investigação ocorreu por iniciativa da própria prefeitura, que suspeitou estar sendo vítima de irregularidades e levou o caso ao Ministério Público. "O dinheiro que foi desviado está sendo lançado em dívida ativa e vai ser cobrado", afirmou.
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