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| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Depois de aprovar um requerimento cobrando explicações sobre os altos salários pagos pelo Tribunal de Justiça, a Assembleia barrou a aprovação de um projeto do poder vizinho. Os deputados da CCJ adiaram ontem a votação da proposta que transforma cargos do quadro de servidores do Poder Judiciário e cria gratificações para atender o Centro de Apoio ao Fundo da Justiça do Poder Judiciário do Estado do Paraná. O deputado Caíto Quintana (PMDB, foto) pediu que o projeto retorne ao TJ para receber informações sobre qual é a condição dos cargos que estão sendo transformados, se estão ocupados ou vagos. Quintana também quer saber os valores das gratificações que serão pagas aos funcionários. A justificativa é que o tribunal está no meio de um "tiroteio" e a Assembleia precisa ter acesso aos detalhes do projeto antes de votar. O projeto cria nove gratificações de chefia e transforma cargos de assessores, supervisor, oficial de gabinete do presidente.

Aliás...

No mesmo dia em que segurou o projeto, o Tribunal de Justiça voltou a ser alvo de críticas na sessão pelo deputado Jocelito Canto (PTB). Ele foi autor do requerimento que pede ao Tribunal de Contas o relatório que teria alertado o TJ sobre os supersalários. O deputado cobrou explicações sobre quais medidas foram tomadas para exigir que o tribunal corrigisse as irregularidades. "Quando um prefeito tem contas rejeitadas pelo TC fica inelegível, mas no maior poder do estado nada acontece e mesmo assim as contas são aprovadas."

Blindados

Ficou para março a votação do projeto de lei do vereador Roberto Hinça (PDT), que determina a instalação de vidros resistentes a disparos de armas de fogo nas fachadas e divisórias internas das agências e postos de serviços bancários em Curitiba. O projeto voltará para a análise dos vereadores da Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania.

Briga 1

Para a oposição, o pano de fundo das críticas de Requião ao ministro Paulo Bernardo é a campanha eleitoral. O peemedebista estaria preocupado em enfrentar a mulher do ministro, Gleisi Hoffmann por uma vaga no Senado. Bernardo diz que não acredita nisso. "Ele parece não ter medo de nada. E são duas vagas em disputa. Além disso, ele diz que é candidato a presidente."

Briga 2

Os peemedebistas negam que os ataques tenham cunho eleitoral. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, disse que Requião não é "leviano" e as acusações são graves. "Se o ministro não gostou tem de comprovar que as denúncias não são verdadeiras", desafiou. O presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, tentou amenizar. "É uma luta entre aqueles que deveriam estar brigando pelos mesmos interesses".

O adeus de Requião

O PMDB está preparando duas festas para o governador Roberto Requião. Uma será no dia 5 de março, no Restaurante Madalosso, para comemorar os 70 anos de idade. O convescote terá 2,5 mil convidados. A outra será no Teatro Guaíra, dia 31 de março, para a despedida de Requião dos oito anos de mandato. Ele deve renunciar até 2 de abril para concorrer ao Senado. A hipótese de Requião assumir a presidência estadual do PMDB logo que deixar o cargo está dando o que falar no partido. O presidente Waldyr Pugliesi disse ontem que não sai nem renuncia. A ideia da substituição, segundo o deputado Alexandre Curi, teria partido de alguns parlamentares, mas não avançou.

Pinga-fogo

" É impressionante como o Zé Dirceu está em todas. Essa saliência dele só será cortada quando o STF der a ele o mesmo destino dado ao Arruda, a prisão. Ele não é o chefe da quadrilha dos 40 do mensalão? Acho que ele pode ser preso sim. Hoje é superpoderoso, nunca deixou o poder, é o chefe do movimento alibabismo."

Demóstenes Torres, senador (DEM-GO).

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