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O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles disse nesta terça-feira (18) que deixará a Comissão Nacional da Verdade (CNV), da qual é membro. Ele alegou motivos pessoais para renunciar ao posto. "Considerei, realmente, que o meu trabalho na Comissão da Verdade cumpriu-se, chegou ao fim. Entendi por razões estritamente pessoais que era o tempo de encerrar", disse Fonteles em encontro do Colégio de Procuradores da República, que está reunido em Brasília.

Fonteles, que já coordenou a comissão, considerou que sua saída não prejudicará os trabalhos do grupo. "Acho que já vi fiz um trabalho, participei de diversos debates no país, produzi 150 textos escritos. É o tempo. Tudo na vida tem o seu tempo. Não há seres humanos insubstituíveis. Outras pessoas virão e continuarão [as atividades]."

O ex-procurador-geral da República negou que a renúncia tenha sido motivada por desentendimentos internos. "Quanto aquilo que já foi noticiado pela imprensa [divergências internas], [isso] não pesou, até porque foi sanado".

Coordenadora nega divergências com Fonteles

A coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, lamentou a renúncia de Cláudio Fonteles da comissão. Em nota, ela informou que a renúncia foi comunicada ontem aos demais membros e será entregue à presidenta Dilma Rousseff.

Rosa Cardoso negou que a saída do ex-procurador-geral da República tenha sido motivada por divergências internas. "Lamento, profundamente, a saída de Cláudio e enfatizo que ele não teve, não tem e não terá nenhuma divergência comigo. Gostaria muito que ele continuasse conosco", disse.

Durante encontro do Colégio de Procuradores da República, que está reunido hoje em Brasília, Fonteles confirmou sua renúncia alegando "razões estritamente pessoais".

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