| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Um dos atos programados pela Frente Brasil Popular para defender o governo de Dilma Rousseff foi por água abaixo. Um grupo favorável ao impeachment da presidente, aos gritos de “Fora Dilma”, interrompeu a manifestação e estourou os balões em formato de coração que tinham sido colocados na Boca Maldita na manhã desta terça-feira (10).

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A iniciativa fazia parte de uma série de atos organizados para demonstrar apoio ao governo nas vésperas da votação do impeachment no Senado. O movimento também visou defender a não privatização de empresas estatais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobrás.

 
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“Nós queremos que a Dilma fique, somos desfavoráveis ao que está acontecendo, e queremos dizer que esse não será o país do ódio, que podemos pensar diferente e ser respeitados por pensar diferente”, diz a representante do movimento Juliana Mildemberg.

Segundo ela, um grupo de cerca de 15 pessoas chegou às 4h desta terça-feira (10) na Boca Maldita para encher e posicionar os balões, que poderiam ser levados para casa por quem tiver interesse.

Por volta das 10 horas da manhã, depois que as bexigas foram estouradas por manifestantes de posicionamento contrário, os membros da Frente Brasil Popular caminharam até a sede do Banco do Brasil na Praça Tiradentes, que foi abraçada em um ato contra a possível privatização da instituição.

 

Pouco antes das 11h30, os manifestantes chegaram à Praça Carlos Gomes para também abraçarem a sede da Caixa Econômica Federal. O ato também visa demonstrar posição contrária a privatizações e ainda defender a continuidade de programas sociais implantadas pelo PT.

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“Defendemos um projeto de Brasil que fica à mercê diante deste novo governo. A possibilidade de privatização deve ser muito grande”, afirma um dos coordenadores do Movimento Popular por Moradia, Chrysantho Figueiredo.

Segundo a organização, cerca de 350 pessoas participaram dos atos durante a manhã.

Integrante da manifestação, Cleofas José Marques, acredita que no atual cenário é muito difícil que não ocorra o impeachment. “Vai ser ruim para a gente, para os trabalhadores. A situação vai piorar”, acredita. Em discurso o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Elias Jordão, questiona a legitimidade do governo Temer. “Não foi eleito pelas urnas. Não vamos reconhecer esse governo como legítimo. O que está ocorrendo é um golpe”.