Às vésperas de deixar a presidência do STF, o ministro Gilmar Mendes (foto) defendeu que o chefe do Poder Judiciário se pronuncie fora dos autos. Em sabatina promovida ontem pela TV Justiça, onde respondeu a 11 perguntas enviadas por internautas, Mendes defendeu que o presidente do Supremo deve se manifestar quando necessário, cumprindo uma missão política e institucional. Mendes deixa a presidência do STF na sexta-feira, dia 26. "Há uma grande confusão e despreparo das pessoas. O presidente do STF, como chefe do Poder Judiciário, tem um papel institucional", pregou o ministro. "Ele (presidente do tribunal) não fala enquanto juiz de um dado processo, ele fala como chefe de um poder", esclareceu. Na entrevista, Mendes negou também que represente "uma voz da direita conservadora" e afirmou duvidar bastante de que o STF se enquadre nessa categoria ideológica.
Em alta
Articulação paranaense
A articulação do governador Orlando Pessuti (PMDB) com a bancada paranaense no Paraná começa a ter efeitos positivos para o estado. Nesta semana, o senador ACM Júnior (DEM-BA) acenou para a possibilidade de apresentar um parecer favorável para o projeto do senador Osmar Dias (PDT) que acaba com a multa do Banestado. As negociações para a instalação de um Tribunal Regional Federal no Paraná também avançaram. A expectativa é de que a proposta vá para a pauta de votação da Câmara Federal em breve.
Em baixa
Jocelito Canto
O deputado declarou, em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, que todos os políticos utilizam Caixa 2 na campanha eleitoral. A fala prejudicou ainda mais a imagem da Assembleia, que já está manchada devido às denúncias apresentadas pela série de reportagens "Diários Secretos", da Gazeta do Povo e da RPC TV. A OAB-PR pediu que o Ministério Público Federal tome providências a respeito da declaração de Jocelito.
Regulamentação on-line
O Executivo deve enviar à Câmara Federal, até o fim de junho, o projeto que estabelece o marco regulatório civil da internet. O anteprojeto está aberto para consulta pública e recebimento de sugestões no site Fórum da Cultura Digital até 22 maio. Depois desse prazo, o Ministério da Justiça vai avaliar as propostas apresentadas e elaborar o texto final que será encaminhado ao Congresso.
Com globais 1
Um jantar em homenagem ao ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) reuniu muitos artistas e poucos políticos na noite de quinta-feira, na casa dos apresentadores da TV Globo Luciano Huck e Angélica, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo o anfitrião, a festa não teve nenhuma conotação eleitoral.
Com globais 2
O ex-governador tem insistido que vai disputar uma vaga no Senado, mas os tucanos ainda esperam que Aécio seja candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra. Nesta semana, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, jantou com a apresentadora da TV Globo, Ana Maria Braga.
Sem quórum
Sem a presença de cinco dos nove deputados que compõem a CPI da Bancoop na Assembleia Legislativa de São Paulo, a sessão extraordinária convocada para ontem não teve quórum e adiou, mais uma vez, a votação dos requerimentos que se acumulam na Casa.Já são 32 os pedidos apresentados pelos deputados, que, além da convocação do ex-presidente da cooperativa e atual tesoureito do PT, João Vaccari Neto, incluem alguns nomes famosos, como o do escritor Ignácio de Loyola Brandão. Ele afirmou em carta à revista Veja ter pago R$ 100 mil à cooperativa sem receber o apartamento.
Twitter no ar
Criado no último domingo, o Twitter da pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff (@dilmabr) (foto), contava com 26 mil seguidores até o início da tarde de ontem. Veterano na área, o adversário de Dilma nas urnas, o tucano José Serra (@joseserra_), tem 201 mil seguidores.
Pinga-fogo
"[...] Há tendência de satanização dos movimentos de sem terra, como se fossem somente eles que em alguns momentos têm atitudes que não estão de acordo com as regras do jogo democrático."
Da senadora e pré-candidata ao Palácio do Planalto pelo PV, Marina Silva (AC), sobre a onda de ocupações organizadas pelo MST no chamado "Abril Vermelho".
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