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Eduardo Sciarra (PSD), deputado federal | Bernardo Hélio/Ag. Câmara
Eduardo Sciarra (PSD), deputado federal| Foto: Bernardo Hélio/Ag. Câmara
  • Ademar Traiano (PSDB), deputado estadual
  • Tadeu Veneri (PT), deputado estadual

Três deputados federais do Paraná se reuniram ontem em Brasília e decidiram que seus partidos vão marchar juntos nas eleições estaduais de outubro, tanto na disputa majoritária quanto na proporcional. São eles: Eduardo Sciarra (PSD, foto), Fernando Francischini (SDD) e Cida Borghetti (Pros) — todos presidem as legendas no estado. O apoio recíproco entre os três partidos pode criar uma importante força no pleito, já que juntos eles detêm cerca de sete minutos no horário eleitoral. Em condições normais, a tendência seria que as legendas caminhassem para um apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). Nos bastidores, porém, os três parlamentares têm externado a aliados que estão bastante descontentes com o tucano. A possibilidade de o grupo lançar candidato próprio ao Palácio Iguaçu deve trazer muita dor de cabeça a Richa, que vem buscando atrair o maior número de partidos para sua coligação — sobretudo o PMDB — na esperança de repetir a vitória em 1º turno, como em 2010.

Boataria

Um blog de política publicou ontem que o PT estaria estudando propor projeto de lei que estenderia o auxílio-moradia a todos os funcionários públicos do estado. O mentor seria o deputado Tadeu Veneri (PT). Contactado pela Gazeta do Povo, Veneri contou outra história: o blogueiro havia lhe telefonado e sugerido o projeto. Ele respondeu que, obviamente, o projeto seria inconstitucional e que a bancada não proporia um projeto nessas circunstâncias.

MST

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu o financiamento ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Há dez dias, integrantes do MST tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal e entraram em confronto com a polícia. O MST recebeu R$ 1,3 milhão da Caixa Econômica Federal, do BNDES e da Petrobras.

Sem Lula

Gilberto Carvalho negou ontem a possibilidade de o ex-presidente Lula concorrer à Presidência neste ano pelo PT. "Isso é fofoca, é natural que aparece na política, mas não está em pauta. A nossa candidata está muito bem definida, muito bem. O presidente Lula é o grande cabo eleitoral e pronto", garantiu o ministro.

Dias de cão

Só um momento quebrou a cordialidade que marcou o encontro do governador Beto Richa (PSDB) com os vereadores de Curitiba, na tarde de ontem. Dirigindo-se ao vereador Pier Petruzzielo (PTB), Beto disse que "um cão de um dono só já passa dificuldades. Já um cão com dois, passa fome". A frase seria uma referência ao fato do parlamentar estar cada vez mais próximo do prefeito Gustavo Fruet (PDT). Fontes próximas ao governador trataram o episódio como uma "brincadeira". Petruzzielo, de fato, apenas sorriu.

Pinga-fogo

"Não houve nenhum escândalo em nosso governo."

Ademar Traiano (PSDB), deputado estadual e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

"E o Taniguchi? E o Taniguchi?"

Tadeu Veneri (PT), deputado estadual e líder do PT na Assembleia, em resposta a Traiano.

"O Taniguchi está são e salvo. Mas seus companheirinhos estão presos".

Traiano a Veneri, em discussão sobre qual governo tem mais escândalos, o federal ou o estadual. Cássio Taniguchi (DEM), secretário do Planejamento, foi condenado a seis meses de prisão em 2010 por crimes de responsabilidade, ocorridos quando era prefeito de Curitiba, mas a pena prescreveu.

Colaboraram: Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Guilherme Voitch.

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