Alvos de constantes cortes orçamentários, com armamentos obsoletos e ultrapassados tecnologicamente, as Forças Armadas estão mobilizando seus comandantes para buscar no Congresso apoio aos pedidos de verbas para seus programas de reaparelhamento.
Documentos entregues aos deputados revelam que o poderio bélico das Forças Armadas do país estaria em desvantagem em relação aos vizinhos. Os documentos não citam as recentes compras de armamentos feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Mas o exemplo dele é usado no lobby por mais verbas.
No Exército, a situação é delicada: 78% dos blindados em operação têm mais de 34 anos, ou seja, são anteriores à era da informática. Dos 131 blindados Leopard, 70% estão fora de operação. Mais da metade das viaturas têm duas décadas. A maioria das peças de artilharia é oriunda da Segunda Guerra Mundial e o armamento individual (o fuzil FAL) também é antigo.
Em relatório remetido ao Congresso, o Exército compara os gastos com defesa do Brasil com sete principais países vizinhos. Segundo o documento, o Brasil gasta menos do que 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Na Venezuela, esse percentual está perto dos 6%. No Chile, é de pouco mais de 3%.
- É imprudente imaginar que um país com o potencial do Brasil não enfrente disputas ou antagonismos ao buscar alcançar seus legítimos interesses - alega o Exército, no documento entregue aos parlamentares.
O Executivo já enviou ao Congresso uma proposta de orçamento substancial para as Forças Armadas, mas a aplicação dos R$ 9,3 bilhões não está garantida.
Os relatórios apontam que a Marinha é a que está em pior situação.
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