Nesta quinta-feira (25) haverá paralisação de uma hora no Fórum Cível de Curitiba das 13 às 14 horas. As principais reivindicações dos servidores do poder judiciário são a revisão da lei que extinguiu alguns cargos e substituiu por outros com salários menores, além do pagamento da URV (Unidade Real de Valor) de 1994 até setembro de 2007. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus-PR) também não descarta a possibilidade de haver greve, caso não haja acordo na reunião do dia 6 de julho com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Hoffmann.
Segundo o sindicato, a substituição dos cargos para os quais se exige nível superior para a nova função de analista judiciário, pode reduzir os salários dos novos servidores em até 50%, pois o restante da remuneração será paga em gratificações - que serão definidas pelos juízes - e ainda assim não alcançarão os salários atuais. O mesmo acontecerá com os cargos de nível médio que serão transformados na função de técnico judiciário.
Outra reivindicação dos servidores diz respeito ao fato de que com a extinção dos cargos, os aprovados no último concurso - e que estão sendo chamados nesse ano serão incorporados na função antiga e por isso não haverá reajuste salarial e nem plano de cargos e salários, segundo o Sindijus-PR. "Esses servidores trabalharão por 35 anos, e no momento em que forem se aposentar terão mais uma redução em seus salários. Pois metade dos vencimentos eram gratificações", disse Mário Cândido de Oliveira, secretário geral do Sindijus-PR.
Já a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) disse que o órgão não vai comentar o caso. O TJ-PR divulgou uma nota oficial na semana passada (quarta-feira, 17) em que afirmou que os novos cargos trarão igualdade para todos os servidores dos diversos fóruns do estado. A nota destacava ainda que com a nova estrutura os servidores poderão ser remanejados para as áreas em que há maior necessidade e isso irá melhorar e agilizar a execução dos serviços judiciários.