O deputado federal Fernando Francischini (PSDB) pretende reforçar o pedido de CPI para investigar a influência do contraventor Carlos Augusto Cachoeira, o Carlinhos Cachoeira, no meio político brasileiro. O parlamentar fez essa afirmação ontem para o Jornal Nacional, ao comentar reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, que divulgou que Carlinhos Cachoeira interceptou ilegalmente seus e-mails.
"É um fato grave. Vou agora reforçar o requerimento de CPI do bicheiro Cachoeira para que a gente possa separar o joio do trigo". À Gazeta do Povo, Francischini disse que fez requerimento judicial para investigar se houve outras quebras de sigilo contra ele. "O mecanismo da quadrilha é simples: eles buscam deslizes na vida pessoal e profissional do político para depois chantagear e fazer pressão para atrapalhar as investigações", disse.
Outros dois fatos novos foram divulgados ontem sobre a Operação Monte Carlo, da Política Federal. O O Estado de S. Paulo, mostrou novas gravações feitas pela PF, que indicam que o diretor financeiro e administrativo do órgão que gerencia transporte público do governo do Distrito Federal (DFTrans), Milton Martins Lima Junior, negociou a concessão para a bilhetagem eletrônica de ônibus com o grupo de Cachoeira. A PF suspeita de pagamento de propina, mas o diretor da DFTrans nega.
Já segundo a revista Época, Carlinhos Cachoeira orientou o senador Demóstenes Torres (GO) para que trocasse o DEM pelo PMDB, a fim de se aproximar da presidente Dilma Rousseff.