José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu alta nesta terça-feira (12) e, às 17h30, deixou o Instituto do Coração (Incor), no Centro de São Paulo.

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De acordo com a assessoria do Incor, Frei Chico deu entrada no hospital às 23h40 da última segunda-feira (11), apenas para fazer exames cardiológicos de avaliação clínica e diagnóstico.

Ao deixar o hospital, o irmão de Lula não quis falar à imprensa. Sua saída foi organizada, de acordo com a assessoria do hospital, de modo que ele não tivesse contato com jornalistas.

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Nesta segunda, ao "Jornal da Globo", Frei Chico confirmou que era dele a voz do interlocutor que conversa com outro irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, em telefonema interceptado pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, que apura a exploração ilegal de caça-níqueis. Na conversa, Frei Chico adverte Vavá sobre um suposto lobby do irmão em um ministério.

O advogado de Frei Chico, Iberê Bandeira de Mello, disse que o paciente é cardíaco e seguiu para o Incor por orientação da família. "Ele está impactado com todas essas notícias. Foi para o hospital por pressão familiar".

Mello acredita que a descoberta da ligação de Frei Chico para Vavá não irá comprometê-lo com a polícia. "Não acredito nisso. Foi uma conversa entre irmãos. Eles têm um pacto para não aborrecer o presidente Lula. Têm orgulho dele", afirmou o advogado.

Amigo da família desde a ditadura militar (1964/1985)- o advogado foi preso junto com o presidente Lula (em 1979) e atuou na defesa de Frei Chico quando ele era considerado preso político - Mello não acredita que Vavá seja um lobista. "Ele é só um cara que diz sim para todo mundo. Não tem condições de fazer lobby".

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