A Frente Produtiva Brasil, movimento iniciado por ruralistas do interior de São Paulo e que percorre o País para protestar contra a situação política e econômica, reuniu nesta segunda-feira, 2, cerca de 500 representantes do agronegócio, indústria, comércio e serviços em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, os encontros são preparatórios para uma manifestação que irá ocorrer em Brasília ainda no primeiro semestre de 2015.

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Segundo ele, as medidas na economia anunciadas pelo governo transferem para o setor produtivo a conta dos desmandos na gestão pública. O movimento, apartidário, foi lançado no final do ano passado em Araçatuba, no oeste paulista, e realizou o segundo encontro em Presidente Prudente, também no interior do Estado. A próxima mobilização vai ocorrer em março, em Dourados (MS). A agenda prevê encontros no Paraná e Mato Grosso, antes de chegar a Brasília.

O presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Tarso Teixeira, lamentou o fato de algumas federações terem sido "cooptadas" pelo governo, com a nomeação da ex-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, para o Ministério da Agricultura. "Fizemos dela nossa representante no Senado, mas ela mudou de lado. Com isso, muitas vozes fortes contra a corrupção se calaram." Segundo Teixeira, o setor produtivo está cansado de pagar impostos para financiar a corrupção. "Quando abrirem a caixa preta do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o escândalo será pior que o da Petrobras", afirmou.

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