O candidato da terceira via a presidente da Câmara dos Deputados, Gustavo Fruet (PSDB), disse neste sábado em Florianópolis que quer chamar a atenção do Brasil para a negociação de cargos que está ocorrendo em torno da disputa da Mesa Diretora. Segundo ele, o assessor Marcos Lima, do ministro Tarso Genro, das Relações Institucionais, será convocado, para explicar denúncias de liberação de emendas parlamentares.
- Para que não seja uma mera coincidência o fato do governo estar esperando a eleição da Mesa para indicar os novos ministros e para que não se repita o surgimento de um novo Valdomiro Diniz, nós vamos convocar o assessor Marcos Lima para que explique qual é o trabalho institucional que hoje o governo faz através do ministro Tarso Genro e da sua estrutura com a Câmara dos Deputados. E peço para que o Brasil fique atento para quem, depois das eleições será nomeado para o Ministério dos Transportes e para os órgãos do Dnit nos 27 estados do país - disse.
O candidato alternativo também criticou a tentativa do concorrente Arlindo Chinaglia (PT) de criar dificuldades à realização do "inédito" debate público durante disputa pela presidência da Câmara proposto pela TV Câmara e Rádio CBN e ainda sem data definida.
Com mais de duas horas de atraso, em razão do mau tempo que retardou a decolagem em Porto Alegre, ele chegou a um hotel na capital catarinense onde foi recebido pelo vice-governador e ex-senador Leonel Pavan (PSDB), pelo único deputado federal eleito pelos tucanos, Djalma Berger, e pelo pefelista Nelson Goetten. O líder da bancada do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja Agostini, desistiu de esperá-lo, mas garantiu que, quarta-feira, os 22 deputados da sigla devem confirmar a indicação da Executiva Nacional de referendar a candidatura da terceira via.
Dos 16 deputados federais de Santa Catarina, o PSDB conta somar pelo menos cinco votos para Fruet. Já há dois declarados do correligionário tucano e do deputado Gervásio Silva (PFL), que, inclusive ontem, por telefone, colocou-se à disposição para formar chapa na 2ª vice-presidência, em caso de vitória.