Curitiba (AE) O sub-relator da CPI dos Correios, deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), considerou "importante" o fato de o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ter dado uma resposta firme negando as denúncias envolvendo seu nome. Mas ponderou que somente o tempo vai confirmar ou não suas palavras. "Até agora vários que negaram acabaram sendo desmentidos", acentuou.
Segundo ele, o Brasil tem dado demonstração de maturidade, de forma que as denúncias e as investigações não têm atrapalhado a economia.
"O que não podemos é, a pretexto de segurar a investigação, afirmar que isso vai ter algum efeito na área econômica", salientou. O mais "brutal" no entender do deputado é que o governo e algumas autoridades do PT "são prisioneiros dos prisioneiros". "Há uma inversão de papéis, o que mostra o grau de perda de credibilidade", afirmou.
Fruet participou ontem de uma convenção do PSDB em Curitiba, em que esteve também o senador Álvaro Dias, outro paranaense da CPI dos Correios. Para ele, Palocci não tinha outra alternativa senão recorrer à negativa. "Não vi até agora ninguém confessando um delito praticado", ressaltou. "O único que confessou, e parcialmente, foi o Duda Mendonça. Mas ele não contou toda a história."
Dias disse que o trabalho dos parlamentares é procurar o depoimento do ex-secretário de Palocci, quando era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti, para conhecer os indícios que ele apresenta e eventuais provas que possam permitir uma conclusão. "De qualquer maneira o governo está como pato baleado diante das denúncias", afirmou. "O presidente é inseguro, talvez pelo despreparo, e demora para decidir. Quando decide, os efeitos da decisão já estão comprometidos."
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