O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator para movimentações financeiras da CPI dos Correios, vai incluir no seu relatório parcial sobre os empréstimos que o empresário Marcos Valério usou para justificar os repasses ao PT o depoimento dado na semana passada pelo contador de Valério, Marco Prata, à Polícia Federal. Segundo Fruet, Prata teria admitido que apenas assinou os documentos referentes a contabilidade das empresas de Valério e que não foi o responsável pela retificação feita por ele à Receita Federal para incluir os empréstimos ao PT.
- Ele (Prata) disse que estava com problema de saúde e que Valério pagava R$ 6 mil para ele. Isso é um fato importante porque um dos pontos em que estamos batendo é na fraude contábil. A contabilidade foi a base principal para desmontar o argumento de que os empréstimos eram casados com os repasses ao PT. Com a contabilidade, mostramos que isso não aconteceu - afirmou Fruet.
O relatório do deputado tucano deve ser votado pela comissão nesta semana.
- À rigor, não precisaríamos votar o relatório parcial. A idéia é começar a escrever capítulos do relatório final e compartilhar informações. Só tem uma vantagem em votar é que já poderemos encaminhar ao Ministério Público os pedidos e a Polícia Federal os dados - explicou o deputado que pediu o indiciamento de Valério e do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
O tucano disse que pretende incluir num próximo relatório os empréstimos feitos por Valério para a campanha ao governo, em 1998, do senador Eduardo Azeredo (MG), seu colega de partido. A falta do episódio no relatório foi motivo de polêmica entre os integrantes da CPI no dia da apresentação do documento. Ele ressalvou, entretanto, que para isso a CPI ainda precisa receber os dados referentes a movimentação financeira de Valério entre 1998 e 2000.
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