O sub-relator de movimentações financeiras da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), pretende pedir o indiciamento do empresário Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, por crime contra o sistema financeiro e contra a ordem tributária. Segundo Fruet, o pedido estará no relatório parcial que será divulgado pela sub-relatoria em duas semanas.

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De acordo com o senador Delcidio Amaral (PT-MS), Fruet e a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) serão os representantes da CPI dos Correios que vão viajar a Nova York para tentar o acesso aos documentos relacionados às contas do publicitário Duda Mendonça. A definição da data da viagem depende de uma reunião com o embaixador dos Estados Unidos, que pode ser realizada nesta sexta-feira.

- O foco neste primeiro momento é do Marcos Valério e do Delúbio Soares - afirmou Fruet, acrescentando, no entanto, que poderá incluir novos nomes no relatório parcial a partir das informações que serão repassadas pela Receita Federal.

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Nesta quarta-feira, integrantes da CPI dos Correios se reuniram a portas fechadas com representantes da Receita e da Polícia Federal. Segundo o deputado, a Receita informou que foram abertos 71 procedimentos fiscais contra pessoas físicas e jurídicas envolvidas com o esquema de Marcos Valério.

Fruet informou ainda que a Receita está fazendo 100 investigações, 70 de pessoas físicas e 30 de jurídicas. Até a próxima semana, a Receita deve enviar todos os mandados de procedimento e o nome de todas as pessoas que já estão sob investigação. Segundo ele, 32 dessas pessoas foram investigadas a pedido da CPI. As outras 68 vieram no decorrer das investigações feitas pela própria Receita ou pelo Ministério Público.

O sub-relator disse que indicará no relatório parcial a origem do dinheiro "não-contabilizado" usado por Delúbio Soares para pagamento de despesas de campanha do PT. Fruet explicou que existem duas fontes de recursos, definidas por ele como primárias e secundárias:

- As fontes primárias, hoje, são recursos das empresas do Marcos Valério e dos empréstimos bancários feitos junto ao BMG e ao Banco Rural. As fontes secundárias podem ser os fundos de pensão, que também serão objeto de auditoria, e a existência de recursos no exterior, que já está sendo investigada pela Polícia Federal.

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