Por maioria de votos, os funcionários da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) rejeitaram, nesta sexta-feira (22), uma carta de propostas apresentadas pela empresa. Na assembleia, os trabalhadores definiram que a próxima quarta-feira (27) será o prazo final para que a companhia apresente uma nova oferta. Caso esta nova rodada de negociações seja frustrada, já está pré-aprovada a instalação de um dissídio coletivo, ou seja, com a intervenção da Justiça do Trabalho.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindpd-PR), a assembleia começou na tarde de quinta-feira (21), mas teve que ser retomada nesta sexta-feira, porque haviam muitos pontos a serem esclarecidos, antes que a proposta fosse submetida a votação. Após o longo debate, a proposta da Celepar foi rejeitada por 325 votos, contra 232.
"A empresa sempre foi intransigente. Nunca se dispôs a abrir negociação. Apesar do terror feito por parte da gerência, os trabalhadores foram corajosos e rejeitaram a proposta", disse o diretor de organização do sindicato, Fábio Roberto Auache.
O Sindpd-PR afirma que a mobilização tem um caráter social, ou seja, o aspecto salarial estaria em segundo plano. Segundo o sindicato, a Celepar quer retirar do acordo coletivo nove claúsulas, que teriam direto aos funcionários. Auache acusa a empresa de intransigência, ao suprimir benefícios sem consultar os trabalhadores. "Mexe-se em benefícios sociais que não têm impacto financeiro nenhum para a empresa. Não há discussão. Simplesmente se impõe", disse.
Segundo sua assessoria de imprensa, até as 17h30, a Celepar não havia sido comunicada oficialmente do resultado da assembleia. Entretanto, a empresa afirma que continua negociando normalmente o acordo coletivo com os trabalhadores.
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