Cinco funcionários acusados de torturar e manter em cárcere pacientes em uma clínica para dependentes químicos em Ribeirão Preto foram presos na tarde desta sexta-feira. Pela manhã, após fiscalização do Ministério Público (MP), duas clínicas foram fechadas, uma delas mantida pela organização não-governamental Renascer em Cristo Jesus, onde foram feitas as prisões. Os presos vão responder pelos crimes de cárcere privado e prática de tortura.

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Em depoimetno ao MP, um funcionário que cuidava das crianças admitiu que usava violência. Já o diretor da clínica negou as denúncias. O MP recebeu as denúncias de um garoto de 17 anos, que disse ter fugido da clínica porque passava fome e era agredido e dopado pelos funcionários.

O depoimento levou à fiscalização das clínicas, onde as denúncias foram confirmadas por outros internos, que mostraram marcas de violência no corpo e apontaram os agressores, que acabaram presos. No local, estavam 60 internos, entre eles garotos de 12 e 13 anos.

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Em outra clínica vistoriada pelos promotores estavam 20 menores com idades entre 13 e 17 anos, que foram libertados. Alguns dos jovens foram enviados para abrigos e outra parte retornou às suas famílias.

Os internos foram levados até as clínicas pelos pais, que pagavam entre R$ 300 e R$ 400 por mês para recuperação, o que incluía manter os estudos. Os internos afirmaram ainda ao MP que não estudavam e eram obrigados a pedir alimentos nas casas do bairro.