Os funcionários da Previdência Social que trabalhavam no prédio incendiado na terça-feira, em Brasília, começaram, na tarde desta quarta-feira, a entrar no edifício para retirar seus objetos pessoais. Alguns tentaram entrar no prédio pela manhã, mas só na parte da tarde, o Corpo de Bombeiros autorizou a entrada.

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Cerca de mil pessoas trabalhavam no local, cem em cada andar. Como o fogo começou às 7h, não houve vítimas. Os setores que funcionavam no prédio incendiado estão sendo realocados para salas vazias de outros prédios, como o do Ministério da Previdência e seu anexo, na Esplanada dos Ministérios, além do edifício da Dataprev.

Ainda não foi divulgada uma estimativa de prejuízo. Dos dez andares, seis foram atingidos. Nos andares destruídos pelo fogo, funcionavam a Diretoria de Benefícios, o Departamento de Logística, o Setor Financeiro, a Secretaria de Receita Previdenciária, a área de Recursos Humanos e de Informática do INSS.

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O ministro da Previdência e Assistência Social, Nélson Machado, revelou que o incêndio destruiu os processos relativos aos devedores do INSS. Os documentos estavam no setor de recursos humanos do órgão e na Secretaria da Receita Previdenciária.

- As provas materiais, que são, por exemplo, processos sobre os devedores da Previdência, multas e fraudes contra o INSS, foram destruídas. Ainda não sabemos que processos restaram.No entanto, vamos fazer um esforço para reconstituí-los. A Previdência mantém duas outras cópias eletrônicas de todos os processos em outras duas capitais - explicou o ministro.Machado disse que não descarta a possibilidade do incêndio ser criminoso.

- Não descarto, nem encarto essa possibilidade. Só poderemos saber o que aconteceu depois de a polícia concluir o laudo - disse.

O comandante do Corpo de Bombeiros de Brasília, coronel Sossígenes de Oliveira Filho, afirmou que dentro de 15 dias o laudo sobre o incêndio estará pronto. Segundo ele, esse laudo não apontará se o incêndio foi criminoso, dirá apensas se o incêndio foi provocado por "ação pessoal direta". O coronel explicou que a Polícia Federal é que terá condições, através de suas investigações, de avaliar se houve crime.

O ministro garantiu que, apesar dos prejuízos materiais, o pagamento de 23 milhões de beneficiários será feito normalmente na próxima segunda-feira. Ainda de acordo com Machado, o pagamento dos salários dos funcionários está garantido.

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- Trata-se de uma tragédia que, felizmente, não teve vítimas. O prejuízo material foi grande e estamos, neste momento, tomando as providências mais urgentes. Mesmo assim, o pagamento dos 23 milhões de beneficiários está garantido e também o pagamento dos nossos funcionários - esclareceu.

Machado explicou ainda que o edifício possui brigada de incêndio. Ela só não foi utilizada porque no momento em que o fogo começou, por volta das 7h, não havia ninguém no prédio.