O Conselho de Ética do PMDB de Curitiba se reuniu na tarde desta segunda-feira (18) para julgar o processo que pede a expulsão do vereador Algaci Túlio do partido. A relatora da Comissão, Fátima Giacob, informou que o encontro aconteceu apenas para apresentação e análise do pedido pelo Conselho e que um parecer definitivo deve ser apresentado em até cinco dias. A ação foi movida pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães do Paraná, Rafael Xavier, há cerca de um mês, depois das denúncias que o vereador se beneficiou das verbas de publicidade da Câmara Municipal.
Negócio Fechado
Algaci Túlio foi um dos vereadores denunciados pela série de reportagens "Negócio Fechado", produzida pela Gazeta do Povo e pela RPC TV sobre o destino das verbas de publicidade da Câmara de Vereadores de Curitiba. Notas fiscais revelaram que parte do dinheiro foi destinado a veículos de comunicação de parlamentares. Entre os beneficiados estavam Algaci Túlio e o ex-vereador Luís Ernesto (PSDB), ambos admitiram que a verba do Legislativo foi gasto em seus programas de rádio.
Questionado pela reportagem, na época, Algaci disse que encontrou uma "estratégia" para receber recursos de propaganda do Legislativo municipal. "A verdade é que existia uma verba para os vereadores que têm meio de comunicação pra publicitar a Câmara", disse Algaci.
Para poder receber uma fatia dos recursos disponíveis, o vereador confessa que precisou ir em busca de notas fiscais de empresas que pudessem ser apresentadas como comprovação dos serviços prestados. "A gente comprava nota. Muitos [comunicadores] que não têm empresa compram nota de uma empresa de publicidade", conta o vereador, que admite que a prática não é correta. "Na verdade [compra de notas] é uma barbaridade."
Em maio, outro vereador denunciado pelas reportagens da série "Negócio Fechado", o ex-presidente da Câmara de Curitiba, João Claudio Derosso (sem partido), acabou pedindo afastamento do PSDB antes mesmo do julgamento do processo de expulsão pela executiva municipal do partido.
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