O G rupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta terça-feira (5) um mandado de busca e apreensão na sede da Secretaria Estadual da Administração, no Centro Cívico, em Curitiba. O mandado foi concedido pela Justiça de 1.º grau de Londrina.
Promotor do caso é promovido e será transferido a Curitiba
O promotor do Gaeco Cláudio Esteves, um dos investigadores do esquema de fraude no contrato de conserto de veículos do estado em Londrina e de corrupção na Receita Estadual, está de saída da cidade. Ele foi promovido para o cargo de procurador e, em 15 dias, deve ser transferido para Curitiba. À RPC, Esteves disse que sua saída do Gaeco de Londrina não tem relação com as investigações conduzidas pelo grupo. A promoção ocorreu por merecimento e por tempo de serviço.
O coordenador do Gaeco em Curitiba, procurador Leonir Batistti, informou que a ideia era recolher documentos referentes à escolha de oficinas mecânicas para conserto de carros do governo na região de Londrina, alvo da Operação Voldemort.
Essa é uma sequência da operação que em março levou para a prisão o empresário Luiz Abi Antoun, primo distante do governador Beto Richa (PSDB).
Batistti disse que os responsáveis pela investigação precisavam de comunicações internas da secretaria para conseguir rebater alegações da defesa dos acusados. O caso já está na Justiça.
O Gaeco investiga suspeita de tráfico de influência, superfaturamento e fraude num contrato emergencial de R$ 1,5 milhão para manutenção de carros oficiais do governo do estado em Londrina e região. O serviço estava sob responsabilidade da oficina Providence, de Cambé, cidade vizinha a Londrina.
São seis suspeitos, cinco deles presos. Entre os implicados, Luiz Abi é considerado o líder do esquema de corrupção investigado pelo Gaeco, braço do Ministério Público.
Outros envolvidos são Ernani Delicato, ex-diretor do Departamento de Transportes (Deto) do governo do Paraná, responsável pelo processo de contratação da Providence; o advogado José Carlos Lucca e dois empresários qualificados como “laranjas”. Ernani Delicato está foragido.
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