O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – braço policial do Ministério Público do Paraná (MP-PR) – cumpre dois mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (29) na Assembleia Legislativa do Paraná: um no gabinete do deputado estadual Gilberto Ribeiro (PSB) e outro na terceira-secretaria, que está sob o comando do mesmo parlamentar. Os policiais também buscaram computadores e documentos na casa do parlamentar e de uma secretária.
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Leia a matéria completaO coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, destacou que a ação integra a investigação que apura se Ribeiro se apropriou de parte dos salários de servidores. A suspeita foi publicada pela Gazeta do Povo em novembro de 2015. Batisti não informou mais detalhes da operação com o argumento de que poderia atrapalhar a apuração do caso. A investigação está sendo tocada pelo gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, já que o deputado tem direito a foro privilegiado.
A assessoria de imprensa do deputado Gilberto Ribeiro informou que ele está colaborando com a investigação e que nega qualquer desvio de recursos. Destacou também que ainda se trata de uma apuração, sem fatos comprovados e que foram disponibilizados para os investigadores holerites, agendas, fichas financeiras, planilhas e demais registros documentais.
Ribeiro não apresentou nesta terça o programa Balanço Geral, na RIC TV. Ele deveria participar de um evento no calçadão da XV de Novembro, em comemoração ao aniversário da cidade, mas não compareceu. A assessoria informou que o deputado deve estar reunido com os advogados.
À tarde, Gilberto Ribeiro usou a tribuna da Assembleia para se defender. Disse que espera que “a verdade apareça e que a justiça prevaleça”. Contou também que R$ 1,7 mil que estavam com ele foram apreendidos pelos policiais. Segundo o deputado, o dinheiro havia sido sacado no dia anterior para pagar alguns compromissos. Ribeiro ainda reforçou que nas contas bancárias só há registro dos valores que recebe como deputado e de seu salário como apresentador.
Em pronunciamento, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), declarou que a Casa não deve abrir qualquer tipo de inquérito disciplinar no Conselho de Ética para apurar o caso e que a investigação deve ser tocada pelo Ministério Público.
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