Quatro processos de doação de terrenos públicos para empresas, que tramitavam no Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), órgão da prefeitura da cidade, tiveram pedido de propina. Essa é uma das conclusões do inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que resultou no indiciamento de oito pessoas no município: dois servidores públicos, uma corretora, uma funcionária de uma empresa e quatro empresários.
"São quatro casos de empresários que teriam sido abordados [para pagar propina]", explicou o delegado Ernandes Alves, do Gaeco. As doações das áreas não chegaram a ser concretizadas porque não foram votadas pelos vereadores.
Entre os suspeitos, quatro foram indiciados por formação de quadrilha e corrupção passiva; três por corrupção ativa; e um por corrupção passiva. "O que apuramos caracteriza recebimento de valores para favorecer empresas e preterir outras", afirmou Alves.
Palavra do prefeito
O prefeito em exercício de Londrina, Guto Bellusci (PSD), disse ontem que a administração municipal ainda não recebeu as informações apuradas pelo Gaeco, mas que, assim que as tiver, vai usá-las para "sustentar" a sindicância interna que apura o caso. Dois servidores indiciados estão afastados da prefeitura com a manutenção dos salários até o fim das investigações.
Bellusci ainda afirmou que o "pente fino" feito pela prefeitura em todos os processos de doação de áreas não verificou novas irregularidades. "Foram analisados os processos que estão em andamento, conversamos com os empresários e não foi identificado nenhum problema." O prefeito interino ressaltou, porém, que os processos de doação de área em que for "identificado problema" serão reavaliados. "Isso é passível de ser corrigido."
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