Uma operação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que ocorre na manhã desta terça-feira (9) prendeu dois investigadores e afastou o delegado-chefe da Polícia Civil de Apucarana, Valdir Abraão. As investigações se estendem por outras quatro cidades da região e em outros 11 estados do país.
Segundo o Gaeco, os policiais são investigados por sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção. Em Apucarana, empresários teriam se reunido para pagar propina aos policiais. Os valores seriam para que fizessem vistas grossas à fabricação e à comercialização de produtos falsificados, principalmente bonés e confecções. Os empresários também são investigados por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Em Apucarana e nas outras quatro cidades da região não divulgadas, oito promotores do Ministério Público (MP) devem cumprir 24 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão durante todo o dia. Mais de cem policiais, além de auditores da Receita Federal e do MP e de fiscais da Receita Estadual, colaboram na operação.
No início da manhã desta terça-feira (9), documentos já haviam sido recolhidos nas sedes de algumas empresas e em propriedades particulares. O MP estima que as cifras derivadas dos crimes sejam milionárias.
Falsificações já foram investigadas
Esta não é a primeira vez que casos de falsificação são investigados em Apucarana. Em dezembro de 2010, foram fechados um escritório e três fábricas que falsificavam produtos de marcas famosas. Na época, o esquema de falsificação foi descoberto por meio de um site na internet que oferecia os produtos.
No ano seguinte, oito pessoas foram presas em outra operação contra a pirataria de produtos de confecções. O alvo era empresas de confecções e bonés que falsificavam produtos de marcas como Billabong, Mormaii, Adidas e Nike. A quantidade de material apreendido foi suficiente para encher seis caminhões. O delegado Valdir Abraão, afastado das funções pelo Gaeco nesta terça-feira (9), foi um dos comandantes da operação na época.
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