Depois de tomar depoimentos dos envolvidos e de testemunhas, a delegada responsável pela acusação de agressão feita pela vereadora Carla Pimentel (PSC) contra o vereador Professor Galdino (PSDB), Waleska Souza Martin, resolveu lavrar um Termo Circunstanciado (TC) por “vias de fato” e “importunação ofensiva ao pudor”, ao invés de um Boletim de Ocorrência (BO). A delegada da Delegacia da Mulher também encaminhou o caso para o 14º Juizado Especial Cível e Criminal, conhecido como “pequenas causas”.
Além de Pimentel e Galdino, também foram ouvidos os vereadores Bruno Pessuti (PSD), Jhonny Stica (PDT) e Rogério Campos (PSC), que presenciaram a agressão, ocorrida em uma sala anexa ao plenário da Câmara Municipal de Curitiba. Segundo nota da Polícia Civil, o “desentendimento” entre os vereadores será discutido em uma audiência no dia 21 deste mês, às 14 horas.
Caixa Zero: violência contra mulher, racismo, homofobia - a Câmara que representa Curitiba
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Carla Pimentel foi a primeira a dar seu depoimento e deixou a Delegacia da Mulher logo depois. “O vereador se lançou diante de mim, foi para cima de mim e depois tiraram ele de cima de mim. Eu acho que ele entendeu, que por eu ser mulher, ele poderia fazer isso comigo e sair impune”, afirmou ela.
Demonstrando estar abalada, a vereadora explicou que demorou um pouco para assimilar o que havia acontecido, por isso inicialmente não falou em assédio sexual. “A denúncia que eu fiz aqui foi de assédio sexual. Me senti violentada. Ele foi para cima de mim, apalpou meus peitos e puxou minha cintura”, completou.
Já Galdino deixou a delegacia dizendo que a denúncia foi inventada por apoiadores do atual prefeito e candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT). Ele negou novamente ter atacado Carla Pimentel. “Eu tenho um santinho no qual apoio o meu irmão. Ela pegou o papel e não quis me entregar. Eu me apoiei para na mesa da sala anexa, escorreguei e me apoiei no Pessuti, que estava ao lado dela. Não teve nada demais”, afirmou.
Segundo a advogada do vereador, Miriam Carvalho, o Ministério Público (MP) agora vai receber o caso e analisar se dará seguimento à investigação da acusação feita pela vereadora ou não.
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