Um dia depois de ser condenado por corrupção ativa no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro José Dirceu participou nesta quarta-feira (10) de reunião com a cúpula nacional do PT. O ministro discursou por apenas dois minutos, e evitou falar sobre sua condenação. "Mais importante do que discutir o julgamento é ganhar a eleição", disse o ex-ministro.

CARREGANDO :)

Ele chegou às 13h32 na sede do partido no centro de São Paulo, sentado no banco de trás de um ômega australiano preto, com os vidros escuros fechados para não ser fotografado, e entrou direto na garagem do edifício.

José Genoino, também ex-presidente do partido e condenado pelo STF, também participa da reunião.

Publicidade

Dirceu foi aplaudido pelos membros do Diretório Nacional do PT, que se reuniram em São Paulo. O ex-ministro destacou que a legenda terá de lidar com o julgamento do mensalão e conclamando os correligionários a estabelecer como prioridade neste momento as eleições municipais em todo o País. De acordo com ele, no topo das prioridades está a vitória do petista Fernando Haddad para a Prefeitura da capital paulista, cujo adversário é o tucano José Serra. "O partido precisa concentrar-se nas eleições", recomendou.

Dirceu chegou ao prédio do diretório nacional por volta das 13h30, entrou pela garagem e não deu declarações. Segundo membros do diretório, ao chegar para o encontro, o ex-ministro-chefe da Casa Civil recebeu o apoio e foi cumprimentado por cerca de cem correligionários.

Pouco antes da chegada de Dirceu, Genoino leu a carta para o diretório e, conforme relatos, causou comoção entre os presentes. "Ele foi aclamado e aplaudido em pé pela plateia, que gritava: 'Genoino, guerreiro do povo brasileiro'", disse um dos participantes.

Veja também
  • Genoino entrega o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa
  • Um dia depois de condenação, Genoíno participa de reunião do PT
  • Joaquim Barbosa assume papel de ícone contra a corrupção
  • Decisão do STF pode refletir em outros julgamentos
  • Perfil: José Dirceu, o todo-poderoso que afundou na planície