O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou, nesta segunda-feira (15), que comunicará oficialmente que é candidato à presidência da Casa ao PMDB na próxima quarta-feira. Segundo ele, após a homologação do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser comunicado.

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"Não comuniquei nada ainda ao presidente Lula. Agora não é hora, porque estou pleiteando ainda a candidatura dentro do PMDB. Depois que o partido me homologar como candidato, aí sim, farei as comunicações devidas. Por ora, me considero um pré-candidato. O líder Valdir Raupp [PMDB-RO] é quem convoca essa reunião [de bancada] e, pelo que sei, será quarta-feira. A reunião será na liderança [do PMDB] e, só então, submeterei minha candidatura aos colegas", disse Garibaldi, à Agência Senado. Na última semana,o atual presidente da Casa já havia dito que consultou juristas para saber se há impedimento ao fato de pleitear a presidência numa mesma legislatura. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek e o jurista Luiz Rodrigues Wandier teriam dito que, como ele exerceu um mandato tampão, está liberado para disputar.

Garibaldi disse que terá um parecer assinado por Rezek para sustentar a possibilidade de sua candidatura, alegando que não foi eleito – e sim assumiu o cargo deixado por Renan Calheiros – e portanto essa candidatura não via a reeleição. O presidente disse, no entanto, não ter certeza de que o documento esteja pronto até quarta-feira.

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Outro fator que estimulou sua candidatura foi a decisão do senador José Sarney (PMDB) de não concorrer. "Na eventualidade de Sarney não estar disputando, eu me senti livre para fazê-lo", afirmou.

Oposição à candidatura

Questionado se recebeu manifestações contrárias à sua candidatura, Garibaldi disse que ouviu falar que a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), estaria disposta a impugná-la.

"Não há rito processual para que se leve um assunto desses à Justiça. Mas também não sei o que eles pretendem fazer. O que o PT fizer, estou pronto para oferecer meus esclarecimentos."

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