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Foi deflagrada nesta terça-feira a sucessão do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Numa reunião reservada da bancada do PMDB, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) anunciou que será candidato à sucessão de Renan. A iniciativa surpreendeu os peemedebistas. O líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), chegou a pedir aos colegas que não deflagrassem a corrida sucessória enquanto Renan estiver no cargo, ainda que licenciado.

Nos bastidores, Renan já havia dado sinal verde para que Raupp iniciasse a articulação de um acordo para que ele pudesse renunciar ao cargo em troca de salvar o mandato. Por isso, o líder passou a trabalhar nos bastidores uma solução rápida. Mas nesta terça foi direto:

- Gostaria que ninguém falasse no assunto da sucessão em respeito ao senador Renan Calheiros. Isso porque a cadeira de presidente do Senado não está vazia - disse Raupp.

Logo em seguida, Garibaldi pediu a palavra. Disse que respeitaria a solicitação de Raupp, mas fazia questão de lançar o seu nome como candidato:

- Eu quero ser candidato. Sigo as recomendações do líder. Mas quero deixar claro que vou colocar o meu nome e também não vou ficar chateado se outro senador entrar na disputa. (Leia a reportagem completa no Globo Digital - Somente para assinantes)

Também nesta terça-feira, o senador Jefferson Peres (PDT-AM), relator do próximo processo contra Renan no Conselho de Ética, negou qualquer envolvimento com o Caso Siderama (Siderúrgica da Amazônia), empresa de siderurgia que deixou de repassar ao governo os recursos do Imposto de Renda retido na fonte de seus funcionários, na década de 70. Peres foi diretor administrativo da empresa.

- Esta história da Siderama, como diria Stanislaw Ponte Preta, é um samba do crioulo doido. Para eu não ser chamado de racista, diria que é um samba do branquelo doido. Diz que eu fui processado por um crime, e eu nunca fui processado.

Peres citou no plenário uma carta de Renan, em que o presidente licenciado do Senado nega envolvimento no dossiê eletrônico que circula com acusações contra o pedetista.

Viana: fim de pagamento de passagens a servidor e convidados

Após anunciar a restrição do acesso ao cafezinho do plenário, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), divulgou nesta terça-feira a decisão de cancelar o pagamento de passagens para convidados de audiências públicas promovidas pelo Senado, e também de funcionários da Casa destacados para missões em outros estados.

- Cortei tudo, mas não sou candidato a nada - declarou o senador petista.

Tião Viana justificou os cortes no pagamento das passagens para convidados e assessores do Senado, mas não soube informar o impacto que isso representaria no orçamento da instituição:

- Tem gente vindo da França em classe executiva com a passagem paga pelo Senado. Descobri ainda que numa mesma missão para o interior de São Paulo foram designados quatro funcionários da Casa - observou, acrescentando que parte dessas medidas foram adotadas durante a gestão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que se licenciou da presidência do Senado no último dia 11

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