Em depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, uma adolescente de 13 anos confessou ter participado com outras três mulheres da ação que parou o ônibus da linha 350 que matou cinco passageiros na terça-feira, no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro.

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A polícia carioca investiga a possibilidade do ataque ter sido organizado pelo traficante Lorde. A garota, que depôs na presença da avó, é apontada como namorada do traficante, mas negou a relação em seu depoimento. Segundo ela, a ordem dada por Lorde era de botar fogo no ônibus e não deixar os passageiros saírem.

O chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Álvaro Lins, acompanhou todo o depoimento e disse que a adolescente reconheceu sete pessoas que participaram do crime e disse que o ato foi em represália à morte de um bandido da quadrilha de Lorde morto em confronto com a polícia dias atrás. O delegado afirmou que, destas sete pessoas, quatro foram assassinadas no dia seguinte ao incêndio do ônibus e três continuam foragidas.

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Lins informou ainda que a menina negou ser namorada do traficante Lorde, mas que trabalha para o tráfico no Morro da Fé, na Penha, área de atuação do traficante. A adolescente foi detida na noite desta sexta-feira, na casa de parentes, no Morro do Jordão, na Taquara, em Jacarepaguá, após uma denúncia anônima. A garota será encaminhada para uma instituição de jovens infratores.

Além dos cinco mortos, entre eles uma criança de um ano e dois meses, o ataque incendiário ao ônibus da linha 350 (Passeio-Irajá) deixou outras 12 pessoas feridas e com queimaduras em várias partes do corpo. Cinco continuam internadas em estado grave no hospital municipal Souza Aguiar.