Garotinho anuncia fim da greve de fome

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Atualizado em 11/05/2006 às 19h20

O ex-governador do Rio de Janeiro e pré-candidato do PMDB a presidente, Anthony Garotinho, anunciou na tarde desta quinta-feira que pôs fim à greve de fome por ter conseguido na Justiça uma liminar que lhe garante direito de resposta na revista "Veja". A revista publicou reportagem dizendo que o ex-governador alugou avião de de João Arcanjo Ribeiro, acusado de chefiar o crime organizado no Mato Grosso, durante a pré-campanha eleitoral. A decisão da Justiça é extensiva ao jornal "O Globo", que reproduziu a notícia.

Garotinho já vinha recebendo soro com glicose e já havia tomado água de coco na quarta-feira, antes do anúncio da decisão judicial.

Em entrevista coletiva no hospital Quinta D´Or, onde está internado desde quarta-feira, Garotinho confirmou que vai à convenção do PMDB, no sábado. O partido decidirá se terá mesmo candidato próprio a presidente. O ex-governador, que iniciou o jejum há dez dias, deve ficar no hospital por mais 24 horas tomando sucos e papinha.

De acordo com boletim médico divulgado nesta quarta-feira, há algumas alterações metabólicas no organismo do ex-governador. Os exames, feitos no Quinta D'Or, mostraram uma taxa de potássio abaixo do padrão normal.

Garotinho foi levado no início da noite de quarta-feira ao hospital, em uma UTI móvel do Corpo de Bombeiros. O veículo foi seguido por carros de correligionários do PMDB, onde estavam os filhos Wladimir, Anthony e Clarissa. O médico particular de Garotinho, Abdu Neme, disse que ele corria risco de vida por causa da greve de fome e por isso precisava ser internado. O ex-governador passou mal nesta quarta-feira, após fazer um pronunciamento da janela da sede regional do PMDB no Rio.

O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), fez um apelo na quarta-feira a Garotinho para que abandonasse a greve de fome. Temer ligou para Garotinho por volta das 11h e pediu que ele desistisse do ato por razões humanitárias e políticas, entre as quais sua presença na convenção no dia 13 de maio. Garotinho disse ao presidente do partido, na ocasião, que levaria em consideração o telefonema.

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