Os advogados de defesa do ex-governador Anthony Garotinho (PR) embarcaram hoje de manhã para Brasília, para tentar agilizar a análise de seu pedido de liminar contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que o tornou inelegível por três anos.
A Justiça Eleitoral fluminense rejeitou ontem o recurso de Garotinho e manteve a sentença estabelecida em maio. Na ocasião, o ex-governador foi condenado por abuso de poder econômico durante a campanha para eleger sua mulher, Rosinha Garotinho, prefeita de Campos dos Goytacazes.
O TRE-RJ também cassou Rosinha e seu vice, Arthur de Souza Oliveira. A sentença afirma que o casal Garotinho usou de forma indevida meios de comunicação social na eleição municipal de 2008. Rosinha foi beneficiada por publicações e programas no jornal e na rádio do grupo O Diário.
Com a rejeição dos embargos apresentados pela defesa de Garotinho, o ex-governador vê se agravar sua situação política e complica ainda mais sua tentativa de voltar ao Palácio Guanabara na eleição de outubro.
Amanhã, último dia estabelecido pelo calendário eleitoral para a realização das convenções partidárias, o PR deve oficializar o nome de Garotinho para a disputa. A expectativa do partido e dos aliados do ex-governador é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conceda liminar que permita sua participação na campanha. O prazo para registro de candidaturas se encerra no dia 5.
Garotinho tem usado seu blog na Internet para se manifestar sobre o assunto. Ele acusa o atual governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), de influenciar a decisão da Justiça Eleitoral do Rio. Os dois eram aliados até o fim de 2006, mas brigaram depois da posse de Cabral. A assessoria de imprensa de Cabral informou que ele não se manifestaria sobre o assunto - como sempre tem feito em relação aos ataques do ex-aliado.
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