Os gastos com pessoal e encargos pelo governo federal comprometem cada vez mais o orçamento público, limitando um crescimento mais consistente do investimento em ano de crise internacional. Mesmo sem contemplar reajustes adicionais para os servidores públicos e para aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo, essa despesa abocanhou R$ 203,24 bilhões do Orçamento de 2012, que foi aprovado na noite de quinta-feira (22) pelo Congresso Nacional.
Segundo o relatório do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se confirmado esse número, entre o ano de 2000 e o fim de 2012, haverá uma expansão de 249% desses desembolsos. Em 2000, o gasto do governo com pessoal e encargos foi de R$ 58,240 bilhões. Em 2011, já se verifica uma redução do ritmo de expansão. A expectativa é de que essa despesa chegue a R$ 199,765 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro - valor 1,8% maior do que o previsto na peça orçamentária de 2012.
Mas só não foi verificada uma aceleração desses dispêndios nas contas de 2012 porque prevaleceu, durante as negociações para aprovação do orçamento, o discurso do governo de que é preciso conter o avanço de despesas obrigatórias para garantir a expansão do investimento e do emprego em um ano de crise internacional. Por isso, os pedidos de reajustes dos servidores do Judiciário, do Ministério Público da União e do Legislativo e das aposentadorias acima do salário mínimo não foram atendidos.
O único compromisso assumido pelo governo no Plenário do Congresso é que será instituída uma mesa de negociação para criar uma política permanente de valorização das aposentadorias e pensões acima do salário mínimo e discutir os pleitos dos servidores.
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