A oposição voltou a criticar ontem os gastos do governo do estado com viagens de servidores públicos e "aumentou" a estimativa de despesas nos quatro primeiros anos da gestão Requião. Segundo a oposição, foram R$ 210 milhões em diárias, passagens e locomoção e não R$ 150 milhões, como havia sido anunciado anteontem. A bancada do governo não apresentou o relatório detalhado sobre as viagens que havia prometido, mas argumentou que não há nada de irregular nas despesas e acusou a oposição de criar "factóides".
Segundo o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), só em cartões corporativos, o governo gastou R$ 18 milhões neste ano e R$ 21 milhões em 2006. "O governador considerou um escândalo gastar R$ 12 milhões em medicamentos especiais, mas para viagens tem dinheiro sobrando."
O vice-líder do governo, Cleiton Kielse (PMDB), disse que os 11,8 mil cartões corporativos suprem gastos essenciais e citou alguns casos, como a realização de um encontro com 2, 8 mil diretores de escolas e uma operação com 800 policiais para cumprir mandado de reintegração de posse no interior. "Só a transferência do Fernandinho Beira Mar para Catanduvas consumiu R$ 38 mil em diárias", disse. O governo não informou, porém, quando vai apresentar um relatório de gastos.
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