O estudo produzido pelo Dieese revela que os investimentos públicos em infraestrutura seguem um padrão de acordo com os períodos de eleições, tanto no Paraná como no restante do país. Crescem em anos eleitorais, como 2002 e 2006. E diminuem no primeiro ano de governo (2003 e 2007). No caso do Paraná, por exemplo, 2006 (ano da última eleição estadual) teve um acréscimo de gastos com obras de 18,7% em relação a 2005. Já 2007 sofreu uma queda de 45,5%.Para o economista Fabiano Camargo da Silva, do Dieese, isso pode ser explicado em parte pelo prazo de maturação dos investimentos e de adaptação de novos governantes à realidade da administração pública. Além disso, os governos inauguram o máximo possível obras antes da campanha eleitoral, quando são vetados novos empreendimentos. "Antecipa-se investimentos em obras para se ter maior impacto, o que acaba comprometendo os recursos para o ano seguinte", afirma o cientista político Fabrício Tomio, da UFPR. Quando o novo governo assume, mesmo em caso de reeleição, o orçamento não pode ser completamente alterado, pois ainda devem ser executados os programas que constavam no Plano Plurianual da gestão anterior.
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