O segundo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento, divulgado nesta quinta-feira pelo governo, mostrou uma evolução na execução das obras, mas reforçou a impossibilidade de a União conseguir gastar todos os recursos reservados aos projetos até o final do ano.
Até o momento, foram contratados 45 por cento, ou 6,7 bilhões de reais, dos 14,8 bilhões de reais previstos para obras do PAC no Orçamento. Deste total, foram pagos efetivamente apenas 9,3 por cento, ou 1,4 bilhão de reais.
No final de abril, quando foi feito o primeiro balanço, o governo havia gasto apenas 0,2 por cento dos recursos previstos.
Ao comentar os dados, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que os membros do governo estão "muito realizados com o PAC de um lado, mas instigados e desafiados do outro".
Dilma destacou a evolução no andamento de uma série de obras de infra-estrutura, e afirmou que a maioria dos projetos de saneamento e habitação ainda irá deslanchar nos próximos meses, transformando o país em um "canteiro de obras".
Ela admitiu, porém, que o que foi feito até agora é "insuficiente".
A ministra disse, ainda, que o governo está "analisando com muito cuidado" relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira que apontou "indícios de irregularidades graves" em 77 obras públicas fiscalizadas, 29 das quais parte do PAC.
Segundo Dilma, o Executivo já detectou algumas "inconsistências" no relatório. Como exemplo, citou entre outras as obras de irrigação do Tabuleiro de Russas, no Nordeste, que, segundo ela, já teriam sido consideradas regulares pelo TCU.
Mais direto nas críticas ao TCU, o ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse que o relatório foi "intempestivo" e afirmou que o tribunal deveria ser mais cuidadoso na aplicação da terminologia "irregularidades graves".
"Passa a idéia de desvio de recursos, o que não é o caso", afirmou o ministro, acrescentando que nenhuma das irregularidades apontadas pelo TCU em obras do seu ministério são consistentes.
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