Líderes do movimento Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (GLBT) pediram, nesta terça-feira, ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo, a inclusão, na pauta do plenário, dos projetos de lei da ex-deputada Marta Suplicy, que institui a união civil entre pessoas do mesmo sexo, e da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que estabelece punição por discriminação ou preconceito de gênero e orientação sexual. Aldo se comprometeu a levar o assunto ao Colégio de Líderes. O grupo entregou ao presidente um abaixo-assinado de apoio ao projeto de união civil, com 30 mil assinaturas, colhidas principalmente em São Paulo.
Iara Bernardi, que participou da reunião, observou que tem havido avanços nos direitos do GLBT por meio de leis aprovadas nos estados e municípios e da Justiça.
- O que se quer agora é o avanço no Congresso, com leis nacionais. A Casa já está madura para votar essa questão e avançar nos direitos - afirmou.
O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbiscas e Transgêneros (ABGLT), Marcelo Nascimento, disse acreditar que a agenda do movimento faz parte também da agenda do partido do presidente Aldo Rebelo e de vários outros, assim como da sociedade civil, "que pede justiça contra a violência ao GLTB".
- Viemos aqui para falar da violência contra homossexuais e trazer reivindicação de projetos - disse Nascimento, afirmando que vai entregar a Aldo um abaixo-assinado com 30 mil assinaturas colhidas pelo país afora a favor da aprovação dos projetos.
Os militantes do GLTB planejam um "beijaço" para as 17h30m, na rampa do Congresso. A expectativa é reunir cerca de 500 militantes.
- Queremos trazer à tona o que não foi veiculado pela TV brasileira - disse Nascimento, referindo-se à não-exibição do beijo homossexual previsto para ir ao ar no último capítulo da novela América, da Rede Globo.
Antes do encontro, Aldo recebeu a diretoria da União Nacional de Estudantes (UNE) e uma comissão de alunos de instituições privadas de ensino, que lhe entregaram uma proposta de mudança da Lei das Mensalidades Escolares. Quando os dois grupos se encontraram, os estudantes deixando o gabinete de Aldo e os gays entrando, os corredores viraram uma festa. Nascimento e o presidente da UNE, Gustavo Petta, deram as mãos e os gays gritaram "Ei ei ei, a UNE também é gay".
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