O ex-presidente nacional do PT, José Genoino, um dos quarenta denunciados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por formação de quadrilha e considerado como um dos chefes do mensalão, considerou uma "grande injustiça" a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- A denúncia representa uma grande injustiça, porque não tive qualquer participação em compra de votos, nunca me reuni com parlamentares para tratar de votações no Congresso e não tive nenhuma relação com as empresas de Marcos Valério - disse Genoino na noite desta terça-feira, ao tomar conhecimento da denúncia apresentada pelo procurador-geral.
Segundo Genoino, os dois empréstimos que o PT obteve no Banco Rural e no BMG, por intermédio do publicitário Marcos Valério, estão contabilizados na prestação de contas do PT de 2004 e 2005.
- Nunca participei de contabilidade paralela alguma. Os encontros que eu mantive com parlamentares foi para cuidar das alianças para as eleições de 2004 e foram todas feitas dentro da lei. Nunca participei de reunião ou de ação para compra de voto - disse Genoino.
O ex-presidente do PT diz que o procurador não tem prova alguma contra ele. Segundo o procurador, Genoino liderava um grupo que pretendia "garantir a continuidade do projeto de poderdo PT mediante a compra e suporte político de outros partidos".
- Não tem fato e nem prova contra mim. Meu advogado (Luiz Fernando Pacheco) está se inteirando de toda a denúncia para que eu possa me defender, mas reafirmo o teor de meus depoimentos na comissão de ética da Câmara e na CPI do Mensalão.
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