Durante a sessão desta terça-feira da CPI do Mensalão, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) perguntou ao ex-presidente do PT José Genoino por que ele se aposentou como deputado federal se antes havia lutado contra a previdência parlamentar.

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- Não concordo com essa afirmação. Nós trabalhamos muito para mudar os termos e as condições da aposentadoria parlamentar. A legislação que está aí hoje sofreu muitas modificações. Eu sempre defendi a aposentadoria proporcional, não a aposentadoria com apenas um mandato. Eu poderia ter me aposentado em janeiro de 2003 e, se eu tivesse recorrido nessa época, o valor seria muito maior que o atual - afirmou o ex-presidente petista.

Genoino aproveitou a pergunta para explicar o motivo de ter pedido a aposentadoria parlamentar. O ex-deputado apresentou sua carteira de trabalho e disse que, após ter deixado a presidência do PT, não possuía mais fonte de renda.

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- Eu era registrado no PT com carteira assinada e um salário, quando pedi demissão. A partir desse momento, eu não tinha mais nenhuma fonte de renda. Meus bens estão todos declarados, eu tenho apenas uma casa no valor de R$ 120 mil e não tenho mais carro. O último que eu tive era de 1997. Por questão de sobrevivência, eu recorri à aposentadoria parlamentar, que aliás é de R$ 6 mil e não de R$ 8 mil, como disseram - explicou Genoino.

Antes, Arnando Faria de Sá já havia perguntado a Genoino quem pagaria a conta das advogadas que estavam acompanhando Genoino.

- Eu vou ver como vamos acertar depois, com o PT ou com amigos. Eu não tenho condições de pagar, todos sabem como eu vivo, em que condições eu vivo. Vou tentar ver isso com o PT - afirmou.