O ministro da Justiça, Tarso Genro, fez nesta terça-feira (18) um desagravo à Polícia Federal e negou que haja crise na instituição e falta de controle, depois do episódio da Operação Satiagraha, que culminou com o afastamento do delegado Protógenes Queiroz da investigação. Em discurso durante o lançamento do Sistema de Controle de Produtos Químicos da PF, no Ministério da Justiça, Genro disse que o que está havendo na Polícia Federal é o aprofundamento dos mecanismos de controle da PF, não só em relação ao tráfico de drogas e de combate ao crime organizado, mas também para dentro da instituição, a fim de corrigir excessos e desvios de conduta.

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Sem citar nomes, Genro condenou os supostos desvios de conduta do delegado Protógenes na operação Satiagraha. "Por mais correta que seja uma operação, no sentido de buscar os objetivos da investigação, isso não justifica desvio de conduta e nem ilegalidades", disse o ministro. "É por isso que os controles da PF estão sendo aprofundados. Os controles de corregedoria e os controles de sindicância e também os relativos à ação externa da PF no combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e à evasão de divisas", enfatizou o ministro.

"O combate à lavagem de dinheiro e tantos outros delitos financeiros, objetos da nossa competência, continuará sendo prioridade", ressaltou o ministro, referindo-se ao objetivo da ação Satiagraha, que é investigar uma suposta rede de lavagem de dinheiro e crimes financeiros que seria supostamente comandada por Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity.

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