O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, rebateu este sábado as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que durante a convenção do PT se referiu à volta de "vozes do atraso". Segundo Alckmin, mais importante do que discutir o passado seria avaliar as propostas dos candidatos para os próximos quatro anos.
- Há um equívoco ficar comparando com o passado. Isso é colocar o farol voltado para trás. Vamos falar do futuro. O que interessa ao eleitor brasileiro é quem pode fazer mais nos próximos quatro anos - disse o tucano.
Segundo ele, Lula decepcionou seu eleitorado e colocou o país num "marasmo enorme".
- Vivemos tristes tempos na política brasileira - disse ele, que aposta num "mutirão cívico" dos eleitores para ganhar a eleição.
Muito atrás de Lula nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin reafirmou que a campanha só começará em agosto, com o início do horário eleitoral gratuito. Sobre isso, ele disse que o PSDB fez alianças importantes que lhe asseguraram maior tempo de propaganda.
- Tenho certeza de que o eleitor, na sua sabedoria, vai levar a eleição para o segundo turno. O eleitor quer menos promessas e mais responsabilidades. E é isso que vamos fazer - afirmou ele.
Evitando fazer ataques mais contundentes contra o petista, o candidato do PSDB disse que o atual governo alcança "índices medianos" de aprovação, enquanto ele teve a aprovação de mais de 60% dos paulistas quando deixou o Palácio dos Bandeirantes.
- O centro da nossa campanha é mostrar que existe uma opção e que essa opção pode ser melhor do que o governo que está aí.
Na sua avaliação, na hipótese de reeleição, Lula teria muito mais dificuldades para governar o país em razão da falta de base de apoio no Congresso.
- Ele não terá condições políticas para fazer as reformas necessárias. Por isso, entendo que um governo novo, legitimado pelas urnas e com uma boa equipe, pode fazer o país avançar e sair desse marasmo enorme.
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