O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ficou na quarta posição com nota 6,6 na pesquisa do instituto Datafolha que avaliou a popularidade dos governadores de nove estados e do Distrito Federal. A pesquisa também mostra que a aprovação ao governo de Requião subiu em relação a 2007. No levantamento deste ano, 57% dos paranaenses avaliaram de forma positiva o governo Requião. Em 2007, esse índice era de 49%.
O primeiro colocado na pesquisa, realizada entre 16 e 19 de março, foi o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ficou em quinto lugar.
Em visita a Foz do Iguaçu onde esteve para tomar posse como presidente do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) e participar de um seminário sobre a crise econômica mundial Requião não quis comentar o resultado da pesquisa. O governador, no entanto, questionou a credibilidade do levantamento. Na avaliação dele, a metodologia da pesquisa está equivocada e ele, na verdade, estaria em melhor posição.
No levantamento deste ano, Requião aparece uma posição à frente da que ocupava na pesquisa anterior, realizado em novembro de 2007. No levantamento de 2009, a nota do governador foi a mesma que a do quinto colocado, José Serra. No entanto, o governador do Paraná conquistou o quarto lugar por ter um índice de popularidade maior do que o do governador de São Paulo, segundo a metodologia do Datafolha. Para chegar a esse indicador usado como critério de desempate, o instituto subtrai a avaliação positiva (bom e ótimo) da avaliação negativa (ruim e péssimo). O resultado é somado a 100. O índice de popularidade de Requião chegou a 143 pontos e o de Serra, a 142.
Na opinião do cientista político FabrícioTomio, da UFPR, os números mostram que o governador poderá ter boas chances na disputa pelo Senado. O professor, no entanto, diz acreditar que a pesquisa não habilita Requião a uma disputa presidencial. O governador tem sido citado por algumas lideranças do PMDB no estado como um possível candidato do partido à Presidência em 2010.
"Creio que ele até sonhe em disputar a Presidência, mas acredito que Requião será mais pragmático e vá preferir uma candidatura ao Senado", avalia Tomio. A cientista política Luciana Veiga, da UFPR, também diz acreditar que Requião teria dificuldades para emplacar uma candidatura à Presidência. "Uma coisa é o paranaense avaliar bem o governo durante dois mandatos. Outra coisa é estender isso para o Brasil afora. Não necessariamente esse prestígio que ele tem agora pode ser estendido para todo o país."
Apesar das poucas chances de viabilizar sua candidatura à Presidência, Requião corriqueiramente tem opinado sobre assuntos nacionais. Ontem, em Foz do Iguaçu, ele questionou a eficácia da política adotada pelo governo Lula no combate à crise financeira mundial. "O Brasil está tratando uma pneumonia, com remédios para resfriado", disse, sugerindo a necessidade da adoção de medidas duras para o enfrentamento da crise.
No encontro do Codesul, os governadores membros do órgão (PR, RS, SC e MS) definiram estratégias para o enfrentamento da crise. Todas as sugestões foram relacionadas na Carta de Foz, que será entregue ao governo federal. O material seguirá junto com as propostas levantadas durante o seminário "Crise Desafios e Soluções na América do Sul", aberto em Foz, e que segue até amanhã. Hoje a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, estará no encontro.
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