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O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (8) que a relação entre o governo e a base aliada vive um "momento tenso", mas que é preciso calma para intermediar as relações entre o governo e os políticos da base aliada. O ministro se referia à derrota do governo na recondução de Bernardo Figueiredo para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Na quarta-feira, o Senado rejeitou o nome de Bernardo, homem do staff da presidente Dilma, por 36 votos contra 31 a favor.

"A gente tem que ter muita tranquilidade em todo processo democrático. Eu sempre tenho dito, relação com a base, relação com o parlamento, requer que não se tenha cabeça quente, que não se tenha reações imediatas, que se analise com muito cuidado cada um dos processos", disse Gilberto Carvalho.

"É um momento tenso, mas que nós vamos dialogar, vamos conversar, vamos entender, então não é hora de nenhuma declaração precipitada, é hora de entender que a democracia implica em vitória, em derrota, vamos avançando", defendeu Carvalho.

O ministro ainda disse que a ralação com os partidos é "suficientemente madura e bem fundamentada", e que não é preciso "sair rasgando as roupas de preocupação": "A gente vai com calma conversar e vamos recompor essa relação."

Questionado se a crise vai passar, ele foi categórico: "É claro que vai passar."

O secretário geral falou depois de participar do seminário sobre a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No evento, o ministro se referiu à construção da hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia, e admitiu que é preciso melhorar as consultas a comunidades atingidas por obras do governo.

Vaccarezza ressalta que não há governo que não perca votações

Também nesta quinta, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que não há crise na base aliada, ao comentar a derrota do governo na votação no Senado sobre a ANTT. Para ele, não há governo que não perca votações.

"O Senado é o Senado. Tenho dito que a base está bem, com fidelidade em votações na Câmara. Não acho que haja uma crise na base. Foi só uma votação em que o governo perdeu. Não conheço governo que tenha ganho todas, nem na ditadura", disse ele.

Vaccareza disse que eventuais insatisfações na base não serão motivos para possíveis problemas na votação do Código Florestal, segundo ele esse é um assunto polêmico por si só e com posições conhecidas desde o ano passado quando o Código foi votado na Casa. Ele disse ainda que está fazendo um esforço para que o clima de estresse do ano passado não se repita

"É hora do diálogo. Vamos baixar a poeira e fazer um acordo que seja bom para ambientalistas, ruralistas e governo. Vou me esforçar para não ter o estresse que houve no primeiro semestre de 2011", disse o líder.

No ano passado, o governo foi derrotado na Câmara com a vitória do projeto que agradava os ruralistas.

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