Em depoimento em sessão fechada da CPI dos Bingos, o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, negou que tenha transportado dinheiro de propina para a sede do PT em São Paulo e que tenha conhecimento de um esquema de corrupção que teria sido montado na prefeitura de Santo André. O depoimento durou cinco horas.

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Segundo relato de senadores que participaram da sessão, Gilberto Carvalho negou que atuasse como "mula", transportando dinheiro para José Dirceu, então presidente do PT.

O chefe de gabinete de Lula, no entanto, admitiu que teve cinco conversas com a família de Celso Daniel, assassinado em 2002, duas delas com a presença de João Francisco Daniel, irmão do prefeito que o acusa de participar do esquema de corrupção na prefeitura. Um dos encontros teria ocorrido no apartamento do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).

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Foi num depoimento na CPI dos Bingos, no mês passado, que o irmão do prefeito assassinado acusou Carvalho, que em 2002 era chefe de gabinete de Celso Daniel, de receber dinheiro de propina do prefeito e o transportar em um Corsa preto para São Paulo, onde entregava ao então presidente do PT, José Dirceu.

A CPI foi criada para investigar o financiamento de campanhas eleitorais com dinheiro do jogo. O governo tentou a todo custo impedir a ida de Carvalho à CPI. Mas não conseguiu transformar o depoimento numa inquirição por escrito.

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