O ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve ontem em Curitiba para filiar 300 novos integrantes do partido no Paraná. Entre os novos membros do PSD, está o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson Ramon. O encontro do partido também serviu como uma espécie de pré-lançamento da candidatura do empresário Joel Malucelli ao governo do Paraná no ano que vem. Kassab afirmou que o partido está fazendo esforço para que Malucelli se candidate. "Ele é um dos grandes empreendedores do Paraná e tem total condição de vencer nas eleições", disse Kassab.
Malucelli agradeceu o incentivo de Kassab para concorrer ao Palácio Iguaçu. Mas disse que ainda é cedo para qualquer definição sobre uma possível candidatura. Foi o mesmo discurso de Ramon que, nos bastidores, é tido como aposta do PSD para a Assembleia ou para a Câmara dos Deputados. O evento de ontem, no Restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, segundo o partido.
Kassab ainda comentou sobre as alianças do PSD partido que é capaz de apoiar o governo do PT no plano federal e ser aliado de tucanos nos estados, caso do Paraná. Segundo ele, o PSD é aliado somente ao PSD dando a entender que pode se coligar com quem achar melhor, dependendo da situação. "A democracia brasileira é uma aliança progressista, que é estabelecida de maneira pragmática", disse ele.
Kassab também comentou a situação do ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), que acumula o cargo de vice-governador de São Paulo estado comandado pelo PSDB. Nesta semana, Afif assumiu o estado com a viagem do governador Geraldo Alckmin a Paris. E teve de ser momentaneamente exonerado do cargo de ministro de Dilma. Kassab deu a entender que não viu problema na prática. "Afif não foi o primeiro a usar esse recurso jurídico."
Protestos
Ex-prefeito da capital paulista até o ano passado, Kassab foi evasivo ao ser questionado pela imprensa sobre os protestos em São Paulo pela redução da passagem de ônibus. Disse que os movimentos são legítimos e que devem ser respeitados no limite da democracia. Preferiu não comentar se houve excessos por parte da polícia. Bem ao estilo do PSD, disse ter confiança no tucano Geraldo Alckmin e no atual prefeito paulistano, o petista Fernando Haddad. "Tudo o que puder ser feito, vai ser feito [pelos dois para resolver a situação]."
O que Bolsonaro e a direita podem aprender com a vitória de Trump nos EUA
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
O aumento dos juros e a chiadeira da esquerda; ouça o podcast
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Deixe sua opinião