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Kassab e Alckmin saíram juntos às ruas do centro de São Paulo para celebrar a adesão do tucano à campanha do prefeito | Felipe Araújo/AE
Kassab e Alckmin saíram juntos às ruas do centro de São Paulo para celebrar a adesão do tucano à campanha do prefeito| Foto: Felipe Araújo/AE

Alckmin dá apoio ao prefeito

São Paulo - Agência Estado

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) aderiu ontem à campanha de Gilberto Kassab (DEM). Adversários no primeiro turno, os dois fizeram uma aparição pública juntos, na manhã de ontem, no centro da capital paulista, em um café em frente ao Mosteiro de São Bento. "O governador já começou bem, contribuindo com a campanha e pagando o café", brincou Kassab. Apesar das críticas trocadas no primeiro turno, os dois se esforçaram para não demonstrar ressentimento e lembraram que têm em comum o PT como adversário. "Eu sempre disse que tínhamos um adversário em comum, o PT", afirmou Alckmin. Kassab atribuiu as críticas trocadas com o tucano ao "calor da campanha".

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), negou ontem que seja homossexual. "Não, não sou", disse Kassab ao ser questionado se era gay. O candidato ainda afirmou ainda que não tem "constrangimentos" quanto à sua vida pessoal e brincou com a polêmica gerada pela propaganda eleitoral do PT que questionou a sua vida pessoal. Kassab disse que nunca foi tão cobiçado pelo público feminino. "Está cheio de mulher querendo casar comigo agora", disse, em tom de brincadeira.

Apesar disso, Kassab afirmou que propaganda foi de "baixo nível". "Foi uma falta de respeito da campanha da minha adversária comigo e com a população de São Paulo. Uma insinuação maldosa que isolou a ex-prefeita (...). Foi uma campanha de baixo nível que mostrou desespero da adversária", afirmou Kassab. "Não tenho quase nada a declarar a não ser lamentar o nível que a minha adversária tentou imprimir na campanha neste segundo turno", disse.

Ontem, o PT tirou do ar a propaganda, que começou a ser veiculada no domingo. A inserção publicitária questionava se o candidato do DEM é casado ou tem filhos. Kassab, aos 48 anos, não tem esposa nem filhos. Na segunda-feira, Marta negou que a intenção tenha sido polemizar sobre a vida pessoal do oponente e disse que não sabia que sua equipe de marketing havia preparado a peça publicitária com aquele conteúdo. Também afirmou que a imprensa é que estaria polemizando sobre o assunto.

Embora tenha tirado a propaganda do ar, a coordenação da campanha da petista não admitiu publicamente o erro. O coordenador da campanha, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que é normal a rotatividade de propagandas. Já a assessoria da petista informou que a peça publicitária pode voltar a circular. Além do questionamento sobre a condição de solteiro de Kassab, a propaganda também levantava dúvidas sobre a vida pregressa do candidato como homem público. Apesar disso, o juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, proibiu Marta de transmitir novamente, a propaganda e deu a Kassab (DEM) um minuto de direito de resposta no rádio.

Kassab afirmou não acreditar que Marta não soubesse da propaganda. "Eu não acredito (que não sabia). Se ela não sabe quais são as suas propostas que estão sendo levadas para a opinião pública, ela não está preparada para ser prefeita."

Mas, nas ruas, a polêmica continuou. Durante um ato da campanha da petista na Zona Sul de São Paulo, um casal foi hostilizado por cabos eleitorais petistas, por defender a candidatura Kassab. Pouco depois, enquanto Marta fazia corpo a corpo no bairro de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, cabos eleitorais que a acompanhavam continuaram a desferir ataques à vida pessoal de Gilberto Kassab, inclusive com xingamentos.

O clima eleitoral ontem esquentou ainda mais com a distribuição, nas ruas, de um panfleto do PT que diz que Kassab quer "derrubar o presidente da República". "Cria de Maluf e associado de Pitta, Kassab é um inimigo do presidente Lula. Filiado ao DEM, antigo PFL, Kassab e seus aliados querem derrubar o presidente da República, espalham o ódio contra o seu governo, querem voltar ao poder para acabar com as políticas sociais atuais", diz o folheto. Questionada sobre o material, Marta disse que não sabia da existência do panfleto.

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