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Mendes quer que Procuradoria investigue ligação de ex-servidor com Dantas | Antônio Cruz/ABr
Mendes quer que Procuradoria investigue ligação de ex-servidor com Dantas| Foto: Antônio Cruz/ABr

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acusou ontem o juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto De Sanctis, de divulgar "informações oblíquas" e sugerir "comprometimento da probidade" da corte.

Mendes reclamou do comportamento do juiz que foi responsável pela condenação de Daniel Dantas em ofício enviado ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, no qual pediu que sejam investigadas suspeitas de ligação de um ex-funcionário do STF com o grupo do banqueiro. Essas suspeitas foram lançadas pelo próprio De Sanctis na sentença em que condenou Dantas a 10 anos de prisão por corrupção.

O presidente do STF iniciou o pedido entregue ao procurador afirmando que De Sanctis mencionou em sua sentença "graves fatos". Na decisão em que condenou Dantas, o juiz afirmou que Sérgio de Souza Cirillo, que do final de julho até outubro exerceu um cargo de confiança na Secretaria de Segurança do STF, tinha ligações com o professor universitário Hugo Chicaroni, também condenado junto com o banqueiro. Chicaroni teria telefonado nove vezes para Cirillo entre junho e o início de julho, conforme a sentença.

Prorrogação

A PF vai pedir à Justiça a prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito que investiga as escutas telefônicas clandestinas realizadas contra autoridades dos três poderes. Após três meses de investigações, a PF vai solicitar a terceira prorrogação porque ainda não identificou o autor dos grampos flagraram uma conversa de Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

A Justiça vai definir o prazo de prorrogação das investigações, que podem durar pelo menos mais 30 dias. A prorrogação deve começar a valer na próxima semana, quando termina o prazo concedido inicialmente pelo Judiciário para as investigações da PF.

Pitta

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1997–2000) entrou na Justiça com pedido de tutela antecipada para proibir que a PF divulgue à imprensa informações sobre a Operação Satiagraha que tenham relação com suas atividades na suposta quadrilha, composta pelo megainvestidor Naji Nahas, Daniel Dantas e funcionários do grupo Opportunity.

A ação foi protocolada na terça-feira, na Justiça Federal do Distrito Federal. A cada "ato vazado" em desfavor de Pitta, sublinha o texto, a União seria obrigada a pagar multa de R$ 50 mil. Estariam proibidas informações que "denigram, exponham (prévia e covardemente) a imagem do autor frente à opinião pública".

Pitta foi preso no dia 9 de julho, por volta das 5 horas da manhã, de pijamas, e algemado pela Polícia Federal. Ele foi acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, a partir de remessas de doleiros.

Sua prisão foi filmada, fato que ele considera ultrajante. O ex-prefeito já pede indenização de 2 mil salários mínimos (R$ 830 mil) à União por danos morais.

Protógenes

Desligado da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) desde que retornou suas atividades na Polícia Federal, o delegado Protógenes Queiróz já sabe qual será o seu futuro na instituição. Ele vai assumir um cargo na Coordenação-Geral de Defesa Institucional.

Desde o dia 14 de julho, quando foi afastado do comando da Operação Satiagraha, Protógenes estava sem função definida na PF. Ele ficou afastado por quatro meses da instituição depois das acusações de vazamento de informações na Satiagraha.

Em seu novo cargo, o delegado que ganhou fama por prender o banqueiro Daniel Dantas, tratará de conflitos relacionados com indígenas, sem-terra e demais temas ligados à segurança institucional. A PF nega que o cargo seja burocrático.

Protógenes, no entanto, só deve assumir o posto em janeiro, quando retorna de férias.

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