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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes divergiu nesta segunda-feira (6) do ministro Marco Aurélio Mello e disse que, se houver necessidade, apoia a realização de sessões extras para cumprir o calendário do julgamento do processo do mensalão,que teve início na semana passada. Com a iminente aposentadoria compulsória do ministro Cezar Peluso, que completa 70 anos no início de setembro, alguns juristas têm defendido a realização de sessões extras para viabilizar a sua participação no julgamento do escândalo político.

Em entrevista, a jornais de São Paulo, Marco Aurélio Mello disse que a Suprema Corte deveria evitar marcar sessões extras para acelerar a análise do processo. Em evento,nesta manhã, Gilmar Mendes afirmou que a decisão caberá ao presidente Carlos Ayres Britto, mas que, se houver necessidade, terá o apoio dos demais ministro da Suprema Corte.

"Essa é uma questão que o presidente terá de analisar. Se houver necessidade, ele certamente fará uma convocação e nós vamos apoiá-lo", afirmou. O ministro da Suprema Corte evitou posicionar-se sobre a discussão em torno da necessidade de um ato de ofício para condenar por corrupção os réus do processo mensalão, argumento utilizado pelos advogados de alguns dos envolvidos no escândalo político. Gilmar Mendes afirmou ainda que está superado o episódio em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pressionado o ministro para adiar o julgamento do mensalão, em virtude das eleições municipais deste ano.

"Foi tudo superado. O que tinha de ser falado já foi falado", afirmou. Os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie e Nelson Jobim não quiseram comentar, nesta manhã, o julgamento do mensalão. Em evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ambos deixaram o local por um elevador privativo e não participaram de entrevista coletiva, marcada previamente pela entidade.

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