O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira, 25, que o episódio envolvendo o agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e o ministro demissionário da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, está sendo “magnificado”.
Em depoimento prestado à Polícia Federal, Calero acusou o presidente Michel Temer de tê-lo “enquadrado” para buscar uma saída para a obra de interesse de Geddel. O ex-ministro disse inclusive que gravou uma das conversas que teve com o presidente.
Questionado sobre o caso, que gerou até mesmo conversas sobre um pedido de impeachment de Temer entre a oposição, Gilmar Mendes minimizou a situação. “Parece que as coisas estão sendo magnificadas. Vejo algo inusitado nessa história de que o ministro teria gravado o presidente. Se isso ocorreu, vai para o Guiness (Book, livro de recordes). É uma coisa inusitada, absolutamente despropositada, que um ministro, ainda mais para um profissional do Itamaraty, tenha esse tipo de conduta. Realmente suscita preocupação”, disse ele em rápida conversa com a imprensa após participar de um evento na Fiesp para celebrar os 20 anos da lei de mediação.
Ele afirmou acreditar que o caso será tratado pelos meios adequados e será devidamente encaminhado. “Temos crises maiores do que esse episódio relativo a um flat em uma longínqua praia da Bahia”, ironizou.
Pressionado se acredita que a conduta de Geddel configuraria tráfico de influência, Gilmar Mendes disse isso terá de passar por exame oportunamente, se houver denúncia - e o STF for instado a analisar o caso.
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