Sob a justificativa de que não pretende ser alvo de disputas políticas, o senador Gim Argello (PTB-DF) desistiu ontem de concorrer a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A indicação de Argello foi bancada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), com aval do Palácio do Planalto. Argello, no entanto, é alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e teve seu nome questionado por senadores e servidores de tribunais de contas brasileiros.
A desistência ocorreu horas depois de uma movimentação no Senado do presidente do TCU, Augusto Nardes. "Ao presidente do TCU, responsável pela posse, compete, ouvido o Plenário, avaliar todos os requisitos exigíveis, entre eles idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública", afirmou ele em nota.
A resistência ao nome de Gim já havia provocado uma derrota ao governo. Um requerimento que pretendia acelerar os ritos de indicação foi rejeitado no plenário na terça-feira, em uma sessão esvaziada, que teve a ausência de membros da base aliada. Com isso, a indicação dele teria de passar pelo caminho normal previsto no regimento: a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) está marcada para a próxima terça-feira.
A oposição do Senado articulava o nome de um consultor da Casa, Fernando Moutinho, auditor do TCU entre 1995 e 2006, economista pós-graduado em auditoria e ciência política.
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